A capital amazonense receberá um Centro de Cooperação Policial Internacional para combater crimes e fiscalizar a região Amazônica. O anúncio oficial foi feito nesta terça-feira (08-ago), pelo presidente Lula, durante o primeiro dia da Cúpula da Amazônia que ocorre em Belém, no Pará.
“Vamos estabelecer, em Manaus, um centro de cooperação policial internacional para enfrentar os crimes que afetam a região. O novo Plano de Segurança para a Amazônia vai criar 34 novas bases fluviais e terrestres, com a presença constante de forças federais e estaduais”,
anunciou o presidente durante a Cúpula.
Ainda de acordo com Lula, o governo vai escalar as Forças Armadas para combater o crime na Amazônia.
“O apoio das Forças Armadas, sobretudo na faixa de fronteira, também será essencial nesse esforço. Ele também permitirá a futura criação de um sistema integrado de controle de tráfego aéreo na região amazônica”,
ressaltou o chefe do Executivo.
O presidente afirmou que “redes criminosas se organizam transnacionalmente, aumentando a insegurança por toda a região” e enfatizou que a gestão dele está empenhada em reverter esse quadro.
“Já podemos ver resultados. Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma redução de 42,5% nos primeiros sete meses deste ano. Assumimos o compromisso de zerar o desmatamento até 2030”, disse Lula. Ele reforçou ainda que a cooperação entre os países amazônicos é fundamental para garantir a segurança da região.
O encontro reúnem representantes dos oito países integrantes da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA): Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
Declaração de Belém
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira (8), que a Declaração de Belém que será adotada pelos chefes de Estado dos países amazônicos será um plano de ação detalhado e abrangente para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Em discurso na Cúpula da Amazônia, em Belém, Lula disse que as soluções passam pela ciência e pelos saberes produzidos na região.
“A declaração presidencial desta cúpula mostra que o que começamos em Letícia e agora consolidamos em Belém não é apenas uma mensagem política: é um plano de ação detalhado e abrangente para o desenvolvimento sustentável na Amazônia”, disse.
“A Amazônia não é e não pode ser tratada como um grande depósito de riquezas. Ela é uma incubadora de conhecimentos e tecnologias que mal começamos a dimensionar. Aqui podem estar soluções para inúmeros problemas da humanidade – da cura de doenças ao comércio mais sustentável. A floresta não é um vazio a ser ocupado, nem um tesouro a ser saqueado. É um canteiro de possibilidades que precisa ser cultivado”, acrescentou o presidente.