As empresas de logística do Amazonas e de outros Estados que operam com navios e balsas que escoam bens produzidos pelo Polo Industrial da Zona Franca de Manaus (PIM/ZFM) estão recusando reservas de transporte até meados de outubro.
Desde o início de setembro, os dois maiores portos de Manaus deixaram de operar devido ao baixo calado (profundidade necessária para atracação de grandes embarcações).
Foi o que disse ao jornal Valor Econômico o diretor-executivo da Costa Brasil, Márcio Salmi, cuja empresa faz o escoamento dos produtos da ZFM.
A notícia foi para informar que o transporte fluvial no Amazonas sofre com a seca na região. O Valor traz informações de que o tráfego no rio Amazonas já é feito com restrições.
Com isso, acrescenta a notícia, há duas semanas as empresas de navegação começaram a cobrar “taxas de seca”. Essa taxa, por contêiner, começa em R$ 3 mil e chegam a R$ 10 mil.
Ainda de acordo com o jornal, as empresas não devem parar suas operações. Elas vão realizar o escoamento da produção do PIM com embarcações menores, porém com menor capacidade de carga.
Dessa maneira, isso fará com que o custo do transporte aumente.
Mesmo com a busca de alternativas – como a vinda de navios menores ou o uso de rotas rodofluviais (com caminhões e balsas) – o resultado da crise deverá ser a redução drástica na capacidade de transporte e o aumento expressivo de custos, avaliam empresas de logística e a indústria, diz o jornal.
Suframa
Nesse sentido, o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, foi procurado para falar sobre o assunto. Ele disse que há dois meses, com base em dados do clima, a autarquia tem informado as empresas sobre a situação. Contudo, ele disse que, apesar das dificuldades, o transporte não será interrompido.