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6 de outubro de 2025 | 17:03

Governo do Brasil oficializa a Sala de Situação Nacional para monitorar intoxicações por metanol e amplia estoques de antídotos no SUS

O Governo do Brasil instituiu, por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 6 de outubro, a Sala de Situação Nacional – Intoxicação por Metanol após Consumo de Bebida Alcoólica. O objetivo é monitorar com detalhe os casos registrados no país e coordenar medidas de resposta. A iniciativa ocorre diante do aumento atípico de notificações de intoxicação associadas ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, especialmente nos estados de São Paulo e Pernambuco.
De acordo com o ministro Alexandre Padilha (Saúde), a medida reflete a postura ativa e a resposta rápida adotada pelo governo. “Estamos diante de uma situação anormal e diferente de tudo o que consta na nossa série histórica em relação à intoxicação por metanol no país”, explicou o ministro.
COMO FUNCIONA — A Sala de Situação é de caráter colegiado e temporário e será coordenada pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde. O grupo reúne representantes de diferentes secretarias da pasta, além de Anvisa, Fiocruz, Ebserh, Conass, Conasems, CNS e das secretarias de Saúde de São Paulo e Pernambuco. Também participam os ministérios da Agricultura e Pecuária e da Justiça e Segurança Pública, responsáveis por ações de controle e investigação.
ORIENTAÇÃO TÉCNICA — O espaço permite o acompanhamento sistemático dos casos, a articulação entre os centros de toxicologia (CIATox) e os laboratórios públicos, além da orientação técnica aos estados e municípios quanto à vigilância, diagnóstico e tratamento. A Sala permanecerá ativa enquanto persistir o risco sanitário e a necessidade de monitoramento nacional. “Determinamos a notificação imediata de todas as suspeitas aos sistemas de vigilância para garantir resposta rápida e coordenada. Isso é fundamental para proteger vidas e identificar a origem dos produtos adulterados”, reforçou Padilha.
AQUISIÇÃO DE ANTÍDOTOS — Como parte das ações emergenciais, o Ministério da Saúde anunciou a aquisição de mais 12 mil ampolas de etanol farmacêutico e 2,5 mil unidades de fomepizol, antídotos usados no tratamento de intoxicação por metanol. A medida reforça o estoque estratégico do Sistema Único de Saúde (SUS) e garante o abastecimento dos hospitais de referência em todo o país.
ESTOQUES REFORÇADOS  As novas ampolas de etanol se somam às 4,3 mil já entregues aos estoques do SUS pelos hospitais universitários federais, em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A distribuição começou neste sábado, 4 de outubro, contemplando os estados de Bahia, Pernambuco, Paraná, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal.
PROTOCOLOS INTERNACIONAIS — O ministro da Saúde ressaltou que o Brasil está adotando protocolos científicos reconhecidos internacionalmente. “Já tínhamos adquirido 4,3 mil ampolas e agora garantimos mais 12 mil, que serão distribuídas aos centros de toxicologia e hospitais universitários. Essa ampliação assegura que nenhum paciente fique sem acesso ao tratamento adequado. Seguimos a ciência e as orientações dos especialistas”, destacou o ministro da Saúde.
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL — A aquisição do fomepizol, medicamento específico para casos graves, foi viabilizada em parceria com o Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e um fabricante japonês que mantém estoques nos Estados Unidos. Os antídotos serão distribuídos conforme a demanda apresentada pelos estados. “O etanol farmacêutico e o fomepizol são tratamentos comprovados e reconhecidos pela comunidade médica internacional. Essa aquisição, feita em tempo recorde, reforça o estoque estratégico e amplia as alternativas de tratamento disponíveis. Agradeço à OPAS pela parceria e pela rápida mobilização internacional”, disse Padilha.
FORTALECIMENTO  Para fortalecer a capacidade de diagnóstico e resposta do SUS, a Rede Nacional de Laboratórios de Vigilância Sanitária (RNLVISA) mobilizou três unidades aptas a realizar análises imediatas: o Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (LACEN-DF), o Laboratório Municipal de São Paulo e o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz). A Anvisa também identificou 604 farmácias de manipulação em todo o país aptas a produzir etanol farmacêutico, garantindo cobertura local em todas as capitais.
ORIENTAÇÕES — O metanol é altamente tóxico e pode causar cegueira, sequelas neurológicas e morte. Entre os sintomas de intoxicação estão dor abdominal, visão turva, confusão mental e náusea, que podem surgir entre 12 e 24 horas após o consumo. A recomendação é evitar bebidas sem rótulo, lacre de segurança ou selo fiscal, e procurar atendimento médico imediato em caso de suspeita de intoxicação. Os profissionais de saúde devem acionar o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da região para orientação e notificação do caso.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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