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16 de maio de 2024 | 12:10

Amazonas vai enfrentar por anos os efeitos da seca extrema, apontam cientistas

Uma reportagem publicada no fim de semana pelo site Metrópoles, que ouviu cientistas que atuam na área de mudanças climáticas, aponta que os efeitos da estiagem extrema que atinge o Amazonas devem persistir por anos.

Segundo os cientistas, a seca que atinge o Amazonas é resultado direto do fenômeno climático El Niño, responsável pelo aquecimento das águas do Oceano Pacifico, e das mudanças climáticas.

Dessa forma, tempestades de poeira como vista no fim de semana, em Manaus, serão cada vez mais frequentes. A mortandade de peixes, botos e outros animais da fauna aquática serão cada vez mais comuns.

A falta de chuvas causará também a poluição do ar respirado pelos povos da região, que há três meses sofrem com nuvens de fumaça e a péssima qualidade do ar.

Mudanças nos padrões de chuva

A Amazônia é conhecida pelo papel no ciclo da água global, mas sofre com as mudanças nos padrões de chuva na região norte.

Sem chuva e com as temperaturas nas alturas, os rios que banham o Amazonas têm registrado níveis cada vez mais preocupantes. E, com isso, a população amazonense não consegue se locomover pelo Estado, prejudicando parte do sustento que vem das águas.

O líder da aldeia Três Unidos, em Manaus, Valdemir Kambeba, disse que a economia da comunidade é gerada, em especial, pela visita de turistas e venda de produtos de artesanato.

No entanto, com a seca, as pessoas não conseguem mais alcançar o território indígena.

“A seca não trouxe boa coisa. Então, fica difícil o acesso para a gente, perdemos os nossos visitantes. O turismo que trazia a geração de renda, e os barcos de linha que conduziam para fazer alguma compra em Manaus não está mais chegando”, lamenta Kambeba.

Impactos na alimentação

O líder indígena acrescenta que a população tem sentido os impactos da seca também na alimentação, uma vez que a atividade pesqueira está cada vez mais difícil em decorrência do baixo nível das águas.

“Os peixes foram para o lugar mais fundo do rio e, para chegar até lá, a gente gasta três, quatro horas de viagem para pegar os peixes.”

Segundo Kambeba, os peixes que permaneceram nas águas mais baixas trouxeram consigo doenças para comunidades indígenas, como diarreia e cólicas intestinais.

“Essa vermezinha vive na água contaminada e vai para a carne do peixe. Esse verme vai se envolver no intestino da gente, onde vai causar dor de barriga, aquela dor de cólica intestinal, febre muito alta, dor no corpo”, conta o líder indígena.

Leia a reportagem completa no link abaixo.

https://www.metropoles.com/brasil/amazonas-deve-sofrer-durante-anos-com-as-consequencias-da-seca-extrema

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