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Manaus
1 de dezembro de 2024 | 13:17

Artigo: Manaus, 352 anos

Por: Augusto Bernardo Cecílio

Sou fã de Manaus, não por acaso. Aqui vivo desde o fim de 1976, quando, vindo de Parintins, encontrei uma já grande cidade que a todos recebia de braços abertos. Era a esperança para entrar numa Universidade em busca de formação e de um futuro melhor.

Isso aconteceu com milhares de pessoas. Ainda hoje a nossa cosmopolita capital abriga pessoas de todo o Brasil e de muitos países, sem discriminação, independente da condição financeira. Aqui todos são bem-vindos e dependendo do grau de esforço pessoal, é possível vencer na vida.

Como em qualquer cidade, temos pontos positivos e negativos, mas é fundamental que cada um faça o seu melhor para que prevaleçam as lembranças maravilhosas que giram o mundo.

Belos exemplos não faltam. O Teatro Amazonas, majestoso e mundialmente conhecido, o complexo conhecido como Largo São Sebastião, que ouso chamar de “o lugar mais bonito de Manaus”, com a Igreja de São Sebastião, os casarios e o Palácio da Justiça, lugares para passear com a família com muita tranquilidade.

Ninguém se esqueceria de um passeio pela Ponta Negra, pelo Zoológico do Cigs, passando pelo Parque do Mindu, pelo Palácio Rio Negro, Parque Senador Jefferson Péres, Igreja da Matriz e a eternamente conhecida Praça da Polícia.

O Encontro das Águas, também, é para jamais esquecer Manaus. Pessoas que visitam Manaus enfrentam o imenso calor só pra ver de pertinho tantas coisas bonitas num só lugar.

Mas precisamos melhorar. Governantes e governados têm um papel fundamental nos novos rumos, e devem encarar qualquer observação como oportunidade para reflexão, não como crítica. Estamos no mesmo barco e todos têm responsabilidades pela cidade.

Não dá pra bater palmas para pessoas que furtam tampas de bueiros em plena Avenida Djalma Batista. Nas passagens de nível (viadutos) é possível ver que um bueiro aberto pode representar facilmente um acidente, prejuízos e mortes. Não é possível que o problema persista com tantos recursos para dar flagrante.

Também temos recursos para mapear, filmar e punir pessoas que fazem da pichação uma prática lamentável. Não dá pra ficar passando pano para esses vândalos, independente da idade. O Brasil alivia muito para menores infratores.

Também é visível a falta de policiamento nas praças, e isso afasta as famílias. Na praça da antiga prefeitura, com lindas seringueiras, e hoje calçada, vi apenas um homem no banco. Na Praça Heliodoro Balbi, quando meu carro parou ao lado da calçada, vi pessoas assustadas, com medo. Por lá vi uma viatura, mas as pessoas não estão confiantes.

Na Praça próxima ao Rio Negro, muita pichação e muito deserta. Somente com guardas as pessoas voltariam. Mas é fundamental que as autoridades passeiem como cidadãos comuns, dirigindo os seus próprios carros, para ver o quanto é ruim percorrer as pistas estreitas da Estrada da Ponta Negra, principalmente após o aperto das três faixas pra fazer média para os ciclistas.

Também não sei por que Manaus, tão quente, não possui chafarizes espalhados pelas praças. O da Heliodoro Balbi faz tempo que não funciona. Talvez seja para criar dengue.

Em vários lugares citados os cidadãos sentem falta de estacionamento. Quando as vagas não são para os taxistas, é proibido estacionar. Como fazer pra passear?

Por fim, vale olhar com mais firmeza para as obstruções de calçadas e as obras irregulares. Muitos comércios ocupam um lado todo da pista como estacionamento, sobrando para os motoristas discussões e conflitos. Calçadas praticamente deixam de existir. O pedestre que se dane. Lamentável!

Auditor fiscal e professor.

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