O Central Única dos Trabalhadores do Amazonas juntamente com Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) receberam em Manaus, neste final de semana, o presidente da Frente Parlamentar da Indústria Naval, deputado federal Alexandre Lindenmeyer (PT-RS), onde cumpriram agenda nos estaleiros Beconal e Juruá para discutir funcionamento, mão de obra e empregabilidade no setor naval no Estado.
O objetivo foi conhecer as instalações, verificar as atividades em andamento e discutir as perspectivas de novas encomendas e serviços para o polo naval.
Além disso, unir esforços na cooperação entre o setor público, empresários, universidades e demais entidades ligadas à indústria naval no qual possam desenvolver medidas que impulsionam o desenvolvimento econômico e social.
De acordo com Valdemir Santana, presidente da CUT-AM, o setor naval no Amazonas é segundo do Brasil, e o estado tem historicamente um dos mais tradicionais polos de construção naval do país
“É de grande importância recebermos à Frente Parlamentar aqui no nosso estado, onde podemos apresentar a nossa realidade que já vem buscando vencer os desafios de deslocamento na região norte e entender melhor as demandas e particularidades do mercado local.
Passamos muito tempo esquecidos e sem impulsionamento algum, com a sensibilidade do governo Lula, o Brasil vai retomar o investimento na indústria naval” salientou Santana.
O deputado federal e presidente da Frente Mista em Defesa da Indústria Naval, Alexandre Lindenmeyer, afirma que a realidade da construção naval no Amazonas é pujante e efetiva.
“Tive a oportunidade de conhecer dois grandes estaleiros do estado, estou muito feliz com o tamanho e dimensão desse país continental que é o esse estado. A realidade do setor naval no Amazonas tem grande força e é eficaz, que emprega milhares de trabalhadores”, comentou o deputado.
Ainda durante a agenda de visita na sede do estaleiro Juruá, o presidente presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Loricardo de Oliveira, ressaltou que o problema do setor naval não é a falta de mão de obra.
“Vamos retomar a produção da indústria naval no país como um projeto de Estado, não apenas de governo. Colocamos isso para o Lula. É necessário um consenso entre todos; governo, trabalhadores e empresários, é preciso trabalhar diversas questões para isso como, por exemplo, a Lei BR do Mar, que impõe dificuldades no processo”, afirmou Loricardo.
Também estiveram presentes representantes dos trabalhadores como a Federação Única dos Petroleiros (FUP), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aquaviário e Aéreo, na Pesca e nos Portos (CONTTMAF), Petrobrás, Transpetro Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos (SINDMETAL) e a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Amazonas.
Entidades patronais foram representadas pelo Sindicato da Indústria da Construção Naval, Náutica, Offshore e Reparos do Amazonas (SINDNAVAL), além da Secretaria Executiva do Trabalho e Empreendedorismo (Setemp), SENAI e pela Universidade Estadual do Amazonas (UEA).