Thiago Caldeira, conhecido pelo personagem Abdias “Cabucão”, disse que foi afastado por ordem do governador Wilson Lima do Festival de Parintins, no qual já apresentava há quase 20 anos e que tem sido perseguido em outros locais.
O deputado estadual Dermilson Chagas (Republicanos) disse que Thiago Caldeira merece respeito como artista e cidadão e deve ter o seu direito de trabalhar assegurado.
No último fim de semana, Abdias gravou um vídeo emocionado pedindo que o governador Wilson Lima (UB) pare de persegui-lo.
Dermilson Chagas lembrou que o humorista fez críticas à gestão de Wilson Lima como governador do Amazonas e por isso está sendo perseguido.
No fim de semana, Abdias foi informado de que não iria apresentar neste ano o festival folclórico de Parintins, evento que o humorista apresenta há quase vinte anos. Além disso, ele recebeu uma intimação para que prestasse depoimento na Delegacia Geral por calúnia e difamação contra Wilson Lima.
“Eu gostaria de fazer uma nota de repúdio contra o governo e a favor do Abdias. Aquele gesto que o Abdias fez foi de desespero. Aquele gesto é simplesmente o Governo sufocando o que ainda resta para o cidadão: o trabalho. A perseguição que o Governo faz não é só a você Abdias, diversas outras pessoas foram perseguidas e outras continuam sendo”, afirmou o deputado.
‘Se esta Casa não se posicionar sobre essa perseguição será uma omissão. Que cara nós podemos ter com a população vendo essa arbitrariedade, do governador praticando perseguição com as pessoas. Nós não podemos nos calar diante disso”, acrescentou.
O deputado destacou ainda que as palavras de Abdias vão além da sua arte e que elas são um desabafo não só dele, mas da sociedade que está insatisfeita com a atual gestão do Governo, porque há falta de investimento na estrutura da Saúde, porque falta remédios, falta exames, falta consulta, e porque há falta de segurança, tem assaltos de ônibus todos os dias, ataques de facções, falta de policiamento, entre outros problemas.
“O Abdias perdeu o pai, que era uma referência para ele e sua família e um colega tecladista, que trabalhava com ele durante os dias da crise de oxigênio em Manaus. E tudo isso aconteceu por negligência desse governador que está no poder”, concluiu Dermilson.