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23 de novembro de 2024 | 20:23

No AM, mais de 80% das pessoas internadas com Covid-19 se recusaram a tomar vacina

Reportagem exclusiva do portal Zero Hora AM. 

Um relatório divulgado hoje (27-out) pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) revela que existem 49 pessoas com Covid-19 internadas nos hospitais do Estado. Desse total, 40 se recusaram a tomar a vacina contra o coronavírus.

Isso mostra que 81,63% dos internados não tomaram sequer a primeira dose do imunizante ou a vacina de dose única. O estado clínico dos pacientes é grave e foi causado pela agressividade da variante Delta, que ainda circula pelo Amazonas.

Por causa dos sintomas graves, 24 pacientes estão internados em UTIs, sendo 20 em hospitais públicos e quatro na rede particular. A FVS-AM não informou se os pacientes estão entubados ou qual outro procedimento está sendo realizado. As outras 25 pessoas estão em leitos clínicos.

É importante destacar que a proteção completa contra o coronavírus só acontece com a aplicação da segunda dose da vacina.

Recorde de faltosos para tomar segunda dose

O problema é que mais de 265 mil pessoas em Manaus estão com a segunda dose atrasada. Os números são da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), divulgados hoje.

A vacina com mais faltosos é a da Pfizer, com 99,4 mil pessoas, seguida pela AstraZêneca, com 88,2 mil faltosos.

Segundo pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde nas capitais, os motivos que levam as pessoas a não procurar a segunda dose do imunizante vai desde o esquecimento, medo dos efeitos colaterais da vacina, até a falta de informação sobre a necessidade da dose de reforço.

Porém, segundo a pesquisa, a maior parte das pessoas que recusam se vacinar é porque acredita em fakenews, como a divulgada na semana passada pelo presidente Bolsonaro, que disse que “as vacinas desenvolvem Aids” na população.

Outra notícia falsa apontada pelos entrevistados é que a vacina é capaz de implantar microchips nas pessoas, que seriam monitoradas pelo governo americano.

Estas fakenews foram desmentidas pelo Ministério da Saúde, que confirmou a segurança dos imunizantes aplicados na população brasileira.

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