Redação ZH – O presidente eleito do Brasil, Luíz Inácio Lula da Silva, decidiu convidou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para a cerimônia de posse marcada para 1 de janeiro. No entanto, uma portaria do governo de Jair Bolsonaro, que vigora desde 2019, proíbe a entrada de Nicolás Maduro no Brasil.
Segundo apurou o jornal O Globo, o assunto ainda não foi formalmente discutido no processo de transição de governos. Ainda assim, promete criar uma discórdia entre os dois lados. Se por um lado Lula deseja que Nicolás Maduro esteja no Brasil daqui um mês, por outro fontes próximas de Jair Bolsonaro disseram ao mesmo órgão que a “lista tem fundamentos e, para o atual governo, esses fundamentos não mudaram”.
Para que Maduro entre no Brasil, é imperativo que o governo de Jair Bolsonaro altere a portaria de 2019, que foi assinada pelo antigo ministro da Justiça, Sérgio Moro, e pelo responsável pela pasta das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e que barra a entrada no país a vários venezuelanos acusados de crimes de corrupção e de violações dos direitos humanos — um dos quais o chefe de Estado da Venezuela.
Com a presença de Nicolás Maduro na tomada de posse, Lula da Silva pretende dar um sinal de que quer restabelecer as relações diplomáticas com a Venezuela, país que foi alvo de inúmeras críticas por Jair Bolsonaro. O Presidente eleito almeja retomar a presença diplomática brasileira em Caracas e está a ponderar enviar um embaixador para a capital do país, ainda que seja necessário a aprovação do Senado.
A tomada de posse de Lula da Silva, marcada para daqui a um mês, contará também com apertadas medidas de segurança. A operação envolverá 700 polícias, um esquadrão antibomba, agentes à paisana e um equipamento anti-drones.