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26 de julho de 2024 | 20:09

Quadrilha junina com duplas do mesmo sexo é proibida em colégio militar

Neste ano, a festa junina num colégio militar terá proibição de duas pessoas do mesmo sexo formando par na hora de dançar quadrilha.

A medida, comunicada a todos estudantes e seus familiares, foi tomada pelo Colégio Militar Dom Pedro II, no Distrito Federal.

Embora apoiada por grupos de pais de alunos, a proibição foi vista como discriminação pelos estudantes, que denunciaram o caso à Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF).

No texto, o colégio define a importância das festividades para valorizar a cultura e a tradição.

Na parte “atribuições dos coordenadores”, o documento orienta que, em caso de uma desigualdade de gênero em uma turma, seja realizada coreografia solo para apresentação.

“Não será autorizado dança com alunos do mesmo sexo”, indica o texto. “Atentar se na turma tiver casais do mesmo sexo fazer dança com coreografia solo na encenação”, conclui.

Recomendações sobre roupas juninas e pares do mesmo sexo

O documento também passa as diretrizes de horários, vestimentas e temáticas que devem ser abordadas para os alunos dos 1º, 2º e 3º anos.

O Colégio Militar Dom Pedro II é uma escola pública, gerida pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, e os alunos podem ingressar na instituição a partir de provas seletivas.

Após a publicação do texto, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), que administra a instituição, respondeu que o comunicado se trata de um planejamento que não foi executado.

Veja a nota na íntegra: 

“Surpreendem-nos as notícias sobre uma possível discriminação no Colégio Militar Dom Pedro II, instituição que trabalha para eliminar qualquer discriminação entre seus quase 4.000 alunos.

Em relação às atividades culturais mencionadas, o CMDP II realiza eventos com a participação de todos os alunos, pais e colaboradores. Nos dias 8, 14 e 15 de junho, ocorrerá a tradicional “Festa das Regiões”, que envolve mais de 12.000 pessoas e celebra a cultura das cinco regiões do Brasil.

Ressaltamos que a escolha das danças culturais foi feita pelos próprios alunos, com suporte do CMDP II, garantindo liberdade de escolha dentro dos princípios institucionais.

A dança típica do forró, por exemplo, foi uma decisão dos alunos, destacando-se pela formação de pares e valorização da cultura nordestina. Ressaltando que não houve formação completa de pares, tendo em vista que o número de alunos homens foi inferior ao número de alunas mulheres na respectiva série.

Uma realidade em que diante da situação as alunas que estavam desacompanhadas desenvolveram o treinamento da dança com outras alunas, sem problema algum. Tudo tendo em vista o escopo cultural e pedagógico do evento.

O CMDP II nunca emitiu nenhuma diretriz discriminatória, pelo fato de que possuímos meio formal para informações à comunidade como a plataforma Escolaweb, e nunca houve nenhum documento com tais orientações.

Os alunos menores do CMDP II, em desenvolvimento, são protegidos integralmente, respeitando as leis e regulamentos.

 

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