O pronto-socorro do bairro Alvorada, na zona centro-oeste de Manaus, há dias enfrenta o caos por causa da falta de médicos e pelo acúmulo de pacientes em busca de atendimento médico.
Segundo denúncia recebida pelo portal Zero Hora AM, na noite de ontem (14-dez) centenas de pessoas, entre adultos e crianças, esperavam atendimento em meio à chuva.
A maioria dos pacientes são adultos, mas também há muitas crianças da faixa estaria de seis a 13 anos. Quase todos apresentam sintomas de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e alguns relatam sinais de contaminação pela Covid-19, como inflamação da garganta, dificuldade para respirar e febre alta.
Uma paciente informou à reportagem que trouxe sua filha às 17h e só conseguiu atendimento às 20h. “Houve a troca de plantão às 18h, mas os médicos só chegaram depois desse horário. Teve um que chegou quase sete e meia. É um absurdo isso”, relatou à mãe da menina, que preferiu não se identificar por medo de represálias porque é moradora do bairro e sempre recorre ao SPA quando necessita de atendimento de saúde.
Outra pessoa que reclamou da demora no atendimento foi José Rodrigues, que trouxe seu irmão menor para atendimento de urgência. “Não é justo que as pessoas, especialmente as crianças, tenham de ficar do lado de fora, enfrentando esse vendo frio porque isso pode piorar a situação de saúde delas”.
Nossa reportagem procurou a Secretaria de Saúde do Amazonas para comentar o caos no pronto-socorro do bairro Alvorada, bem como a denúncia da falta de médicos. Até o fechamento desta reportagem, não tivemos resposta.