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21 de novembro de 2024 | 23:02

Hospitais e SPAs não têm sequer agulhas para atender pacientes, denuncia deputado Wilker Barreto

O Serviço de Pronto Atendimento (SPA) do Alvorada, na zona centro-oeste de Manaus, não possui remédios e nem materiais hospitalares essenciais, como agulhas, para atender os pacientes. A grave denúncia foi feita hoje (28-jun) pelo deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania).

A informação é resultado da denúncia recebida pelo parlamentar e que ‘põe em xeque’ o 1º Relatório Quadrimestral da Saúde 2022, apresentado no último dia 20 de junho, onde o Governo do Amazonas afirma que a rede pública está abastecida.

Wilker expôs o relato de uma pessoa que procurou o SPA da Alvorada na última segunda-feira, 27- jun, em busca de atendimento à mãe. O denunciante afirma que “não tinha agulha e nem medicação. Só tinha um médico atendendo todo mundo”, e contou ainda que “o pessoal ‘tava’ comprando agulha na farmácia da frente”.

Para o deputado, a denúncia desmente as informações descritas no Relatório Detalhado do 1º Quadrimestre 2022 de que a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) ultrapassou, somente nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, a meta de 75% de abastecimento da Central de Medicamentos do Amazonas (CEMA) com medicamentos e PPS (Produtos Para Saúde) de uso hospitalar e ambulatorial, atingindo 76,91%.

“O relatório da Saúde entregue a esta Casa é uma farsa. Lá, diz que a Central de Medicamentos (Cema) está abarrotada de remédios, com mais de 75% de estoque”, disse Wilker.

“Como, se nos hospitais não têm agulha, EPIs, Buscopan, Pantoprazol…. Um documento oficial, que farsa é essa? Para onde está indo o dinheiro do contribuinte? ”, questionou Barreto, relembrando outra denúncia repercutida pelo parlamentar na Casa Legislativa, no último dia 21 de junho, sobre a falta de Dipirona, Buscopan e Pantoprazol no Hospital e Pronto Socorro João Lúcio.

A revelação foi feita por uma paciente que foi à unidade tratar uma crise de vesícula e foi informada sobre a ausência dos remédios.

Informação desencontrada

Outra contestação feita por Wilker em relação ao relatório quadrimestral da SES se refere ao dado de 76,91% de abastecimento da CEMA, tendo em vista que na ação F2 – Fornecimento de Medicamentos e Produtos para Saúde de Uso Hospitalar e Ambulatorial, dois itens estão zerados: 1- Revisar os padrões dos medicamentos de uso hospitalar e ambulatorial das unidades de saúde e 2- Realizar visita técnica e avaliação da Assistência Farmacêutica nas Unidades de Saúde da SES-AM de administração direta.

Pela análise de Wilker, tal informação supõe que a pasta da Saúde abastece a CEMA sem saber a real necessidade das unidades de Saúde do Estado, o que comprova a falta de planejamento da SES e o estoque vazio nos hospitais.

“A SES abastece a CEMA sem ter o mínimo de conhecimento que as outras unidades de Saúde estão precisando, é um exemplo claro da falta de gestão da pasta e que justifica estoques vazios nos hospitais, obrigando pacientes a comprarem remédios com seu próprio dinheiro”, ponderou.

Convocação do secretário de Saúde

Por fim, Wilker voltou a cobrar a convocação do secretário estadual de Saúde, Anoar Samad, à Casa Legislativa para explicar os problemas na rede pública de Saúde.

“A Saúde do Amazonas pede socorro, reitero que o secretário de saúde tem que vir a esta Casa. Como é que eu posso me calar vendo o dinheiro do povo indo para o ralo, gastos desnecessários, pagamentos suspeitos e unidades de saúde sem o mínimo, isso não é normal”, finalizou.

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