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2 de fevereiro de 2025 | 17:39

Aluna que desviou dinheiro da formatura de Medicina da USP consegue registro como médica

Redação ZH – A aluna de medicina Alicia Dudy Muller Veiga, sentenciada a cinco anos de reclusão por desviar fundos da festa de conclusão do seu curso de medicina na Universidade de São Paulo (USP), obteve a aprovação para se registrar como médica no Conselho Federal de Medicina. Quando foi julgada, ela negou ter cometido o delito.

No portal do CFM, sua inscrição é exibida como “inscrita” desde 26 de dezembro de 2024 e está em “situação regular”, com o número de CRM 267045-SP. Não existe uma especialidade registrada. A reportagem entrou em contato com os advogados de Alicia, porém ainda não obteve uma resposta. A Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo também foi questionada sobre a situação de cumprimento da pena da jovem, porém ainda não obteve uma resposta.

Alicia foi acusada de desviar R$ 927 mil da formatura de estudantes da Faculdade de Medicina no início de 2023. E foi condenada pelo crime de estelionato, com pena de cinco anos em regime semiaberto, mais indenização às vítimas em valor correspondente ao prejuízo causado, em julho de 2024.

O advogado Sergio Ricardo Stocco Giolo, responsável pela defesa da então estudante, disse, na época da condenação, que ela não cometeu o crime de estelionato. Conforme Giolo, sua cliente apresentou provas que atestam a sua inocência e, por isso, iriam recorrer à decisão da Justiça.A jovem também é alvo de outro inquérito, de julho de 2022, por suspeita de lavagem de dinheiro e estelionato após ter dado um suposto golpe em uma lotérica.

Ela teria gasto mais de R$ 400 mil em apostas no período, mas, na última data em que tentou fazer um jogo, teria deixado de pagar R$ 192 mil ao estabelecimento. Este caso ainda não foi julgado.A Polícia Civil acredita que o dinheiro usado nas apostas seria o da comissão de formatura.

Relembre o caso

Aluna de Medicina dá golpe e some com dinheiro da formatura

O caso veio à tona no começo de 2023, quando estudantes de Medicina da USP abriram um boletim de ocorrência contra a colega de turma. As investigações apontaram que a então estudante, que era presidente da comissão de formatura, usava o dinheiro levantado para a festa em proveito próprio, para a compra de celular, relógio, aluguel de carros e gastos com aluguel de apartamento.

A polícia percebeu a melhora do padrão de vida da jovem em pouco tempo e a denúncia por estelionato contra Alicia foi feita pelo Ministério Público em março de 2023. A peça, assinada na época pelo promotor Fabiano Pavan Severiano, afirma que a jovem teria praticado estelionato por oito vezes e tentado em uma nona oportunidade, que não chegou a ser concretizada. A quantidade de crimes praticados pela jovem se refere ao número de ocasiões em que ela teria pedido à empresa contratada para organizar a festa para transferir o montante da conta bancária da comissão para a sua particular.

Os repasses teriam começado em novembro de 2021 e se estendido ao longo de 2022 em outras sete ocasiões. Os oito pedidos totalizaram a transferência de R$ 927.765,33 para as contas de Alicia. Ela teria tentado uma nova transferência em janeiro de 2023, mas a empresa, já ciente da situação por colegas da turma, não efetuou o que seria o nono repasse. Ainda em janeiro de 2023, Alicia admitiu aos colegas de turma ter perdido o dinheiro arrecadado pela comissão. Primeiro, disse que tinha investido o dinheiro e sido vítima de um golpe praticado por uma empresa de investimentos.

 

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