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29 de abril de 2024 | 11:34

Corpo do bebê da jovem Débora foi jogado no rio nas proximidades do Porto da Ceasa dentro de um saco

O vigilante Gil Romero Machado Batista, de 41 anos, suspeito de matar Débora da Silva Alves, de 18, que estava grávida de oito meses, contou detalhes do crime para a polícia e revelou ter arrancado o bebê da barriga da mulher com uma faca de cortar pão.

De acordo com o delegado-geral Bruno Fraga, Gil, que foi preso na terça-feira (08-ago),  em uma comunidade no Estado do Pará, confessou que após arrancar a criança, pegou o corpo do bebê e lançou no meio do rio Negro. Ele era pai da criança e cometeu o crime para não assumir a paternidade e o caso extraconjugal.

“Nós informamos agora que houve a morte do bebê. O autor foi interrogado e nós tivemos conhecimento da dinâmica dessa barbárie. Após terem tirado a vida da Débora com o auxílio dos comparsas. Com uma faca de cozinha ele tirou o bebê. Utilizou um saco de estopa para ocultar o cadáver do bebê e colocou diversos pedaços de ferro dentro desse saco e foi ao Porto da Ceasa e lançou o corpo no meio do rio”, declarou o delegado.

Mulher de Gil foi presa na manhã desta quinta-feira

Na tarde desta quinta-feira (10-ago),  as equipes da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) prenderam também Ana Júlia Azevedo Ribeiro, de 29 anos, esposa de Gil, que também é suspeita de envolvimento na morte de Débora. Para a polícia Ana confirmou que a pequeno Arthur foi jogado no rio.

Dinâmica do crime

A delegada Deborah Barreiros, adjunta da DEHS, explicou que Gil Romero era proprietário de um bar e, também, trabalhava como vigilante em uma usina. No estabelecimento comercial, José Nilson trabalhava como gerente, motivo pelo qual teria proximidade com Gil Romero.

“Além disso, os dois atuavam furtando os fios da fábrica”, afirmou a delegada.

Em depoimento, José Nilson negou participação direta no assassinato, e disse ter sido coagido a ocultar o corpo de Débora.

“No dia do crime, enquanto Gil Romero foi se encontrar com Débora, José Nilson foi para a usina subtrair os materiais. Pouco tempo depois, segundo José Nilton conta em depoimento, Gil Romero apareceu com o corpo da jovem, sem vida e com sinais de asfixia”, disse, após ouvir José Nilson.

Ainda de acordo com a delegada, os dois colocaram o corpo de Débora em um tonel e o queimaram. Depois, os restos mortais foram jogados em uma área de mata.

O depoimento de Gil Romero à polícia contradiz a versão dada pelo comparsa. Ao ser ouvido pela polícia, após ser transferido para Manaus, ele disse que pagou R$ 500 para uma dupla dar um “corretivo” na vítima.

De acordo com o depoimento, ele levou a vítima para a usina onde ele trabalhava como vigilante, para conversarem sobre a gravidez da jovem.

“No local, ele a deixou sob os cuidados de José Nilson, que já está preso e de outra pessoa, que ainda não identificamos. Enquanto ele estava lá com a jovem, com a chegada de um inspetor na usina, ele precisou esconder a jovem junto com o José Nilson e essa terceira pessoa dentro de um galpão e saiu para fazer seu trabalho que era acompanhar esse inspetor”, contou a delegada Deborah Barreiros.

A delegada informou ainda que Gil Romero conta que foi ao galpão cerca de três horas depois, após terminar de acompanhar o inspetor e, no local, encontrou a jovem já sem vida. O suspeito diz ainda que a morte teria sido cometida por José Nilson e pelo homem ainda não identificado.

“Ele diz que se desesperou. Disse para que dessem um jeito na situação porque no dizer dele, a ordem que ele tinha dado para o José Nilson era para que eles dessem um ‘corretivo’ nessa jovem, para que ela parasse de dizer que estava grávida dele, porque ele era um homem casado. Disse ainda que pagou por esse ‘corretivo’ a quantia de R$ 500”, informou a delegada sobre o depoimento de Gil Romero.

Questionado sobre o possível paradeiro da criança, o delegado disse que a polícia ainda não tem respostas concretas e as investigações devem seguir para que cheguem ao terceiro suspeito e mais informações sobre o bebê.

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