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Manaus
8 de novembro de 2024 | 20:23

Dono de joalheria sabia que cordão era objeto de roubo a turista, diz delegado

O homem identificado como Paulo Sérgio de Sá Gonçalves, preso nessa quinta-feira (10), faz parte de um grupo criminoso que praticam assaltos frequentes no Cetro de Manaus. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (11) pelo delegado Marcelo Martins, do 24° Distrito Integrado de Polícia (DIP).

Segundo Martins, haviam pelo menos quatro homens atuando no roubo de turistas. “Normalmente, esses criminosos se reúnem, puxam o cordão e caso a vítima apresente alguma reação, os outros partem para agressão física para que o crime seja concluído”, disse.

“Conseguimos capturá-lo lá no bairro Riacho Doce e ele colaborou com as investigações trazendo detalhes de como a ação criminosa se deu”, disse.

Durante as investigações, segundo o delegado, foram apurados que esse cordão foi vendido em uma joalheria no Centro. “Essa empresa a partir de pessoas que foram identificadas como proprietários, adquiriram esse cordão por um valor muito inferior pelo valor dele real”, disse.

Um mandado de busca e apreensão foi cumprido contra uma loja responsável por comprar o material roubado. No local foram apreendidas joias, aparelhos celulares, dinheiro em espécie, entre outros objetos.

Ainda segundo Martins, os cordões tem valores entre R$ 10 mil, R$ 20 mil, R$ 30 mil e os proprietários da empresa sabiam que as peças eram de roubo. “Eles são interceptadores costumas com certeza, tanto é que foram encontradas diversas joias sem procedência, sem confirmação de procedência. Foi dado oportunidade dessa comprovação de procedência e essa comprovação não foi efetuada, deixando claro que esse material foi alvo de receptação, sou seja, comprado de criminosos”, disse o delegado.

O cordão dessa vítima paulista foi vendido por R$ 2,5 mil, segundo as investigações, mas não foi possível recuperar a joia. “Nós não conseguimos recuperar exatamente o cordão dele, mas nós sabemos a partir de outras vítimas, que já procuraram a delegacia, que esse cordão tem um valor muito mais alto”, disse Maetins.

Conforme o delegado, a empresa receptadora fatura alto com a receptação de joias roubadas. “Hoje mesmo, uma vítima procurou e teve o cordão furtado, roubado por essa mesma quadrilha e o cordão dele vaia R$ 18 mil”, disse.

Ação orquestrada

Os criminosos agem de forma orquestrada evitando que outras pessoas que passam durante o assalto não saibam exatamente o que está acontecendo, mas a vítima percebe que naquele momento está sofrendo grave ameaça.

Segundo Martins, os comerciantes e pessoas que frequentam o centro constantemente, sabem como a ação criminosa funciona, mas muitos têm medo de denunciar.

O delegado alerta que comerciante que adquire material roubado, responde pelo “crime de receptação qualificada, que é um crime mais grave que a receptação comum e tem pena máxima de oito anos.”

“Agora, nós vamos seguir para tentar localizar esse foragido, que é o Taylon Pens da Silva, que já é um criminosos conhecido no Centro e de outras áreas da capital”, disse.

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