27.3 C
Manaus
28 de março de 2024 | 20:55

Dono de joalheria sabia que cordão era objeto de roubo a turista, diz delegado

O homem identificado como Paulo Sérgio de Sá Gonçalves, preso nessa quinta-feira (10), faz parte de um grupo criminoso que praticam assaltos frequentes no Cetro de Manaus. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (11) pelo delegado Marcelo Martins, do 24° Distrito Integrado de Polícia (DIP).

Segundo Martins, haviam pelo menos quatro homens atuando no roubo de turistas. “Normalmente, esses criminosos se reúnem, puxam o cordão e caso a vítima apresente alguma reação, os outros partem para agressão física para que o crime seja concluído”, disse.

“Conseguimos capturá-lo lá no bairro Riacho Doce e ele colaborou com as investigações trazendo detalhes de como a ação criminosa se deu”, disse.

Durante as investigações, segundo o delegado, foram apurados que esse cordão foi vendido em uma joalheria no Centro. “Essa empresa a partir de pessoas que foram identificadas como proprietários, adquiriram esse cordão por um valor muito inferior pelo valor dele real”, disse.

Um mandado de busca e apreensão foi cumprido contra uma loja responsável por comprar o material roubado. No local foram apreendidas joias, aparelhos celulares, dinheiro em espécie, entre outros objetos.

Ainda segundo Martins, os cordões tem valores entre R$ 10 mil, R$ 20 mil, R$ 30 mil e os proprietários da empresa sabiam que as peças eram de roubo. “Eles são interceptadores costumas com certeza, tanto é que foram encontradas diversas joias sem procedência, sem confirmação de procedência. Foi dado oportunidade dessa comprovação de procedência e essa comprovação não foi efetuada, deixando claro que esse material foi alvo de receptação, sou seja, comprado de criminosos”, disse o delegado.

O cordão dessa vítima paulista foi vendido por R$ 2,5 mil, segundo as investigações, mas não foi possível recuperar a joia. “Nós não conseguimos recuperar exatamente o cordão dele, mas nós sabemos a partir de outras vítimas, que já procuraram a delegacia, que esse cordão tem um valor muito mais alto”, disse Maetins.

Conforme o delegado, a empresa receptadora fatura alto com a receptação de joias roubadas. “Hoje mesmo, uma vítima procurou e teve o cordão furtado, roubado por essa mesma quadrilha e o cordão dele vaia R$ 18 mil”, disse.

Ação orquestrada

Os criminosos agem de forma orquestrada evitando que outras pessoas que passam durante o assalto não saibam exatamente o que está acontecendo, mas a vítima percebe que naquele momento está sofrendo grave ameaça.

Segundo Martins, os comerciantes e pessoas que frequentam o centro constantemente, sabem como a ação criminosa funciona, mas muitos têm medo de denunciar.

O delegado alerta que comerciante que adquire material roubado, responde pelo “crime de receptação qualificada, que é um crime mais grave que a receptação comum e tem pena máxima de oito anos.”

“Agora, nós vamos seguir para tentar localizar esse foragido, que é o Taylon Pens da Silva, que já é um criminosos conhecido no Centro e de outras áreas da capital”, disse.

Leia também outras matérias

Polícia diz que bolsonarista está internado após matar petista em festa de aniversário

Redação Zero Hora AM

Sine Amazonas abre diversas vagas de emprego na segunda-feira (22), para Manaus e interior

Redação Zero Hora AM

TCE-AM doa mais de 50 equipamentos para Associação Brasileira Acolhe-DOR

Redação Zero Hora AM
Carregando....
Pular para o conteúdo