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8 de outubro de 2024 | 02:54

Eduardo avalia que próximo governador herdará o AM cheio de dívidas e sem controle nas contas públicas

O senador Eduardo Braga (MDB/AM) disse nesta sexta-feira (08-out), em encontro com um grupo de empresários e diretores do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon), que o próximo governador do Estado terá o grande desafio de restabelecer o controle do custeio das contas, e retomar a capacidade de investimentos em obras públicas.

Governador do Amazonas por duas vezes, o parlamentar afirmou o governo estadual terá R$ 30 bilhões de receita no orçamento do próximo ano, com a previsão de encerrar a administração com um superávit de R$ 8 bilhões de arrecadação com impostos e transferências de recursos.

“A capacidade de investimento do governo desapareceu, não existe. O Estado está se endividando. Muitas vezes se endividando para custeio. Agora mesmo se endividando em U$ 200 milhões com o Banco Mundial. Para que? Custeio! Então, perderam o controle da gestão. E a consequência disso no futuro será desastroso para quer for o próximo administrador”, analisou Eduardo.

O senador disse que o próximo governador terá o compromisso de garantir a retomada das obras públicas, principalmente em escolas, hospitais e infraestrutura na capital e no interior. “Não podemos mais admitir o que aconteceu no hospital João Lúcio, no dia de chuva, que choveu mais dentro do que fora, e o hospital havia passado por uma reforma de R$ 16 milhões”, lembrou Braga.

Dinheiro em caixa

O senador Eduardo Braga disse que, no trajeto de carro, de sua residência no bairro Ponta Negra, zona centro-oeste, até o local de encontro com os empresários, no bairro Adrianópolis, zona centro sul, demorou mais do que imaginava, por conta de diversos congestionamentos que passou em longo de cerca de 20 quilômetros.

Ele lembrou que, quando saiu do governo, em 2010, para concorrer ao Senado, deixou R$ 2,4 bilhões em caixa, e projetos aprovados pelo BENDS para a construção do BRT e do Monotrilho. “Infelizmente, 11 anos se passaram, o dinheiro foi devolvido ao banco. E a consequência está aí: uma cidade com mobilidade urbana estrangulada”, lamentou Eduardo Braga.

No entendimento do senador, o que está acontecendo hoje no governo é muito triste. “Porque todo mundo vê, todo mundo ouve, e ninguém faz nada. E o resultado é o povo sofrendo”, voltou a lamentar. “Agora, é possível mudar? É! É possível mudar a capacidade de investimento do Estado? É!. Então não podemos perder a esperança”, finalizou Eduardo.

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