A onda de violência que atinge o Amazonas pode ser comparada aos atos terroristas de grupos extremistas do Oriente Médio, onde a decapitação de inimigos tornou-se banalidade.
Com inspiração nos atos terroristas praticados pelo Estado Islâmico, Al Qaeda e Talibã, as facções criminosas que comandam o tráfico de drogas no Amazonas cortam a cabeça de seus adversários.
A medida é vista como exemplo de força e intimidação entre os bandidos, que filmam as execuções e compartilham nas redes sociais.
Após decapitarem o inimigo, os traficantes exibem a cabeça como troféu, que depois é descartada numa rua qualquer da cidade, para terror dos cidadãos de bem.
Segundo uma pesquisa feita pelo portal Zero Hora AM, entre os meses de setembro a dezembro de 2021 foram registradas no Amazonas mais de 100 mortes violentas, com sinais de execução.
Não basta ‘apenas’ matar o adversário. Tem que fazê-lo sofrer, com requintes de crueldade. Tem que filmar tudo e mostrar para a sociedade, como fazem os terroristas do Talibã e Al Qaeda.
Cabeças cortadas
O caso mais recente registrado em Manaus aconteceu ontem (5-jan), quando uma cabeça humana, com as orelhas cortadas, foi encontrada por volta das 16h, em um rip-rap na rua da Paz, na comunidade Parque São Pedro, no bairro Tarumã, na zona oeste da cidade. A vítima é um homem ainda não identificado.
De acordo com moradores da área, criminosos em uma motocicleta chegaram ao local e jogaram a sacola no rip-rap. Ainda conforme testemunhas, para avisar sobre o crime, os suspeitos teriam efetuado pelo menos três tiros para o alto.
As mortes revelam dados assustadores em relação à segurança pública e comprovam que o governo do Amazonas perdeu o controle nas áreas dominadas pelas facções criminosas.