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26 de abril de 2024 | 02:20

Garimpeiros buscam apoio da prefeitura de Humaitá para continuar no rio Madeira

Garimpeiros que estavam no rio Madeira e foram retirados do local pela Polícia Federal e pelo Ibama querem apoio do prefeito de Humaitá, Dedei Lobo (PSC) para continuar na região.

Uma reunião hoje (29-nov) de manhã, em Humaitá, no interior do Amazonas, serviu para os garimpeiros pedirem ao prefeito para que ele interceda junto às autoridades de fiscalização. Objetivo é evitar que outra operação contra a exploração ilegal de ouro seja feita, dessa vez, em Humaitá.

Na reunião, Dedei Lobo prometeu pagar àqueles que moram em Humaitá todo o material que foi queimado pela ação da Polícia Federal e pelo Ibama no Rio Madeira.

O prefeito de Humaitá disse ainda que está em conversa com os outros gestores para compensar todos os atingidos.

Na reunião estavam presentes, além do prefeito, representantes do Ministério Público, Defensoria Pública, vereadores e lideranças do grupo de garimpeiros. Três garimpeiros vão acompanhar o prefeito até o Distrito Federal, na terça-feira (30), para tentar conversar com as autoridades – inclusive a bancada do Amazonas na Câmara e no Senado, em Brasília.

O grupo quer evitar que uma operação contra a exploração ilegal de ouro como a realizada em Autazes também seja feita em Humaitá.

Após a polêmica sobre a ajuda aos garimpeiros, o prefeito mudou o discurso e disse que não vai pagar todo o material queimado dos garimpeiros.

Ele disse ainda que a prefeitura vai mandar uma equipe para fazer uma triagem com as famílias que estão no Rio Madeira e que necessitam de ajuda humanitária e, futuramente, auxílio financeiro.

Preocupação com garimpo ilegal

Mesmo que a operação tenha se concentrado em Autazes nos últimos dias, o garimpo ilegal com barcos e balsas ocorre em todo o Rio Madeira. E a região de Humaitá é conhecida por ser um local onde vivem inúmeros garimpeiros que fazem a exploração ilegal de minério na região.

Balsas e dragas usadas por garimpeiros para extração de ouro atracaram no Rio Madeira, próximo à comunidade de Rosário, no município de Autazes, distante 113 quilômetros de Manaus. De acordo com o Greenpeace, havia pelo menos 300 embarcações na região, que começaram a chegar ao local quando surgiu a informação de que havia ouro na região da comunidade.

Os garimpeiros se dispersam do local na sexta-feira (26), mas alguns continuaram operando de forma ilegal. O ativista do Greenpeace Brasil, Danicley Aguiar, afirma que essa dispersão faz parte de uma estratégia dos garimpeiros para dificultar a fiscalização.

No fim de semana, três pessoas foram presas e 131 balsas apreendidas ou destruídas em Autazes. No entanto, a Polícia Federal não informou quanto ouro foi apreendido e o que foi feito com as outras balsas. Não há informações também sobre outras pessoas que estavam nas balsas e não foram presas nem como será feita a fiscalização da área depois da operação.

 

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