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5 de maio de 2024 | 10:00

Pastor tarado que “incorporava anjos” é preso por assédio sexual contra mulheres da igreja

O pastor evangélico Valderlei de Oliveira foi preso no fim de semana sob a acusação de abusar sexualmente de mulheres da igreja.

Para cometer os crimes, o pastor dizia que “incorporava anjos” com a missão de curar doenças.

Os crimes aconteciam há pelo menos dez anos, no Estado de Goiás.

Segundo a polícia, até o momento foram ouvidas nove vítimas. Além do pastor, a esposa dele, Maria Lurdes dos Santos Oliveira, era procurada pela Polícia Civil, por ser cúmplice dos crimes, mas não há informações se ela também foi presa.

O caso foi descoberto após a denúncia de uma das vítimas, que procurou a delegacia em 2 de outubro. De acordo com a investigação, os crimes provavelmente ocorriam há mais de uma década, pois uma das vítimas identificadas sofreu abuso sexual em 2013.

Pastor pedia ‘nudes’ para as fiéis

Uma das vítimas contou à polícia que frequentava a igreja do pastor há oito anos e foi abusada por ele, pela primeira vez, no ano passado.

Ela disse que o pastor pedia fotos íntimas, alegando que isso fazia parte de uma “campanha” para ter sucesso na vida e que anjos a ajudariam através dele. Ela enviou as imagens.

Em outra situação descrita pela vítima, o pastor disse que incorporou um “anjo”, após um culto de libertação, e que ela seria “amaldiçoada” se contasse para alguém sobre os pedidos dele.

Logo depois disso, o suspeito teria passado a mão nas partes íntimas dela.

Segundo a mulher, a esposa do suspeito presenciou a violência e ainda mandou que ela não negasse os pedidos feitos pelo marido, que incluíam até masturbação.

“Venha pro quarto de oração”

Os crimes teriam ocorrido em um “quarto de oração” da igreja e em uma casa.

A mesma vítima denunciou ainda que, durante a “campanha”, também passou por vários abusos no “quarto de orações” e que o pastor tirou a virgindade dela.

A mulher contou que a esposa do suspeito estava perto, e não fez nada.

Fora da “campanha”, o pastor continuou ligando para a vítima e pedia para que ela se tocasse para ele assistir.

Quando a vítima falou que não queria mais participar, o homem divulgou fotos íntimas dela para outros membros da igreja, o que ela descobriu em outubro deste ano.

Campanha espiritual

De acordo com a segunda denúncia, a vítima disse que frequentou a igreja do pastor por cinco anos, e ele a chamou dizendo que precisava fazer uma “campanha espiritual” porque o marido dela estava com um problema.

Durante o abuso, o homem chegou a falar que um “anjo” estava com ele, segundo a mulher.

A mulher ainda relatou que tentou empurrar o suspeito, mas ele teria dito que ela tinha de continuar a “campanha” e a fez prometer que não contaria a ninguém porque as pessoas não entenderiam.

As vítimas pediram à Justiça medidas protetivas de urgência contra o pastor, mas o juiz negou.

Um dos argumentos usados na decisão é de que os crimes não foram praticados no âmbito doméstico e elas não tinham vínculo anterior com o suspeito.

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