29.3 C
Manaus
19 de abril de 2024 | 11:49

Após 73 anos esperando, príncipe Charles torna-se rei Charles III

Há exatos 73 anos, nove meses e 25 dias, Charles Philip Arthur George preparava-se para o cargo que assume hoje (08-set): rei Charles III.

Foi uma espera de 647,1 mil horas ou 38,8 milhões de minutos desde seu nascimento. Aos quatro anos incompletos, ele foi a primeira criança na linha de sucessão ao trono britânico a testemunhar presencialmente a cerimônia de coroação de seu genitor, a filha primogênita do rei George VI, Elizabeth II, que morreu nesta quinta-feira, aos 96 anos, em Balmoral, na Escócia.

Mensagem oficial nas redes sociais

“A morte de minha querida mãe, a rainha, é um momento de muita tristeza para mim e para todos os membros da minha família”, disse Charles, em seu primeiro comunicado como rei. “Nós estamos de luto profundo pela morte de uma soberana querida e uma mãe muito amada. Eu sei que sua morte será sentida profundamente pelo país, pela Commonwealth e por incontáveis pessoas pelo mundo. Durante este período de luto e mudança, minha família e eu seremos confortados e sustentados pelo nosso conhecimento do respeito e do carinho tão profundamente cultivados pela rainha”, declarou o rei Charles.

A coroação de Charles III ainda levará algumas semanas, na melhor das hipóteses.

O tempo é necessário para que os preparativos sejam postos em prática e para que a ferida da morte da rainha Elizabeth II esteja menos exposta.

Sua ascensão foi imediata, mas haverá uma proclamação formal nas próximas horas, no Palácio de Saint James, em Londres. Sua mulher, Camilla, também já é a rainha consorte.

Paciência e longa espera

Há sete décadas, quando as imagens chegaram ao público de forma inédita pela televisão, tecnologia então nascente, as 27 milhões de famílias conectadas ao aparelho mundo afora puderam ver o ar entediado do menino.

Paciência é o que descreve a trajetória do primogênito da rainha Elizabeth II, que somente nos últimos meses, avô de cinco netos, ampliava suas funções constitucionais num processo de transição que, segundo especialistas, ele próprio vinha conduzindo.

Charles abre hoje um novo capítulo na história do Reino Unido, que se prepara para uma nova geração dos Windsor, em pleno século XXI, quando a própria ideia de soberanos hereditários parece cada vez mais anacrônica.

Ele tem o imenso desafio de ocupar o lugar de uma rainha que por sete décadas foi símbolo da estabilidade e unidade do país, em momentos de glória e crises.

Pesquisa do YouGov do segundo trimestre deste ano mostra que, enquanto 75% dos britânicos tinha uma opinião positiva de Elizabeth II, o índice para Charles é de 42%.

Seu filho William, primeiro na linha de sucessão, tem 66%.

 

Leia também outras matérias

Governo do AM paga R$ 10 milhões por obra com suspeita de irregularidades

Redação Zero Hora AM

Terremoto na Turquia e na Síria deixa mais de 3,6 mil mortos e milhares de feridos

Redação Zero Hora AM

Vereadores não autorizam prefeitura de Manaus a obter empréstimo de R$ 600 milhões

Hugo Bronzere
Carregando....
Pular para o conteúdo