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19 de abril de 2024 | 15:39

Empreiteiras lucram há 30 anos com reforma da BR-319, que nunca fica pronta, afirma Serafim

A demora no licenciamento da rodovia BR-319 enriquece há mais de 30 anos as mesmas empreiteiras, que renovam todos os anos contratos para obras de manutenção da estrada. A afirmação é do deputado Serafim Corrêa (PSB), que afirma que essas empresas lucram, em média, R$ 150 milhões, a cada ano, para realizar os mesmos serviços.

“(…) esse é um jogo de interesses muito grande, é um jogo de vaidades, de egos, de onde você tem que ter muita habilidade para administrar essa confusão. Não tenho visto, da parte de ninguém, interesse em superar isso”, afirmou Serafim.

“Agora o que eu vejo é que todos os anos, e isso me refiro há 30 anos, as mesmas empreiteiras ganham a obra da manutenção da estrada. E as informações que tenho é que são gastos R$ 150 milhões por ano”, disse o deputado.

“Quer dizer, isso é uma mina de ouro, eles recuperam no verão, agora eles estão a todo vapor, a estrada vai ficar ótima, ainda que não asfaltada, mas aí vem a chuva e o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) permite que carretas de 40 toneladas, de 50 toneladas trafeguem na rodovia, e destroem o trabalho que foi feito. Aí vem as mesmas empreiteiras que já tem o serviço garantido para o ano seguinte”, completou Serafim.

O deputado lembrou que em 30 de março de 2019, no fim do terceiro mês do Governo Bolsonaro, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, declarou: “Se esse trio não resolver o problema da BR-319, eu vou dizer algo que gente fala muito no Exército, eu vou comer minha boina”.

Mourão se referia ao então ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, ao secretário nacional de Transportes, general Jamil Megid Junior, e ao diretor do Dnit, general Antônio Leite dos Santos Filho.

“Então eu imagino que agora o ex-ministro vai ter que comer a boina para atender o compromisso do general Mourão, que hoje é candidato lá no Rio Grande do Sul”, ironizou Serafim.

“Os dois esqueceram o Amazonas, não cumpriram o compromisso. Agora porque eles não cumpriram? As palavras do vice-presidente, do presidente e dos ministros se perderam no tempo e essa promessa, que foi feita ainda na campanha, não foi e nem será cumprida”, concluiu o deputado.

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