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23 de abril de 2024 | 14:56

Governo do AM não cumpre promessa de moradias para mais de 2 mil famílias do Monte Horebe

O deputado Dermilson Chagas (Republicanos) cobrou a promessa do Governo do Amazonas de inserir os ex-moradores do Monte Horebe no novo programa de moradias anunciado pelo Estado em 28 de fevereiro de 2020, em uma coletiva de imprensa na Sala de Imprensa da sede do Governo do Estado.

Na ocasião da retirada forçada de 2.204 mil famílias da área, que, inclusive, contou com de mais de 700 policiais, o Governo anunciou que estava estruturando um megaprojeto de habitação, no qual os ex-moradores do Monte Horebe seriam contemplados.

O Monte Horebe ficava localizado na zona Norte de Manaus, a cerca de 260 metros da Área de Proteção Ambiental (APA) Adolpho Ducke. No local, havia mais de 2 mil casas.

As famílias retiradas do local foram cadastradas pela Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) e passaram a receber auxílio-aluguel no valor de R$ 600, de acordo com a Sejusc.

De acordo com o Governo do Amazonas, o megaprojeto estadual de habitação atenderia famílias das mais diferentes condições sociais, desde as que não possuíam renda para gastos com água e energia, até as que pudessem pagar por construções em loteamentos ou as que pudessem pagar prestações de unidades habitacionais.

O Governo do Estado anunciou que o programa seria implementado a partir da retirada dos habitantes do Monte Horebe. A fase inicial seria o pagamento de auxílio-aluguel, seguida do pagamento de uma bolsa-moradia para famílias com renda mínima e, posteriormente, seriam ofertados lotes, casas ou apartamentos populares.

Porém, o deputado Dermilson Chagas afirmou que nada disso foi executado.

“O Governo do Amazonas retirou as pessoas do Monte Horebe prometendo que iria dar moradia e, até hoje, não construiu uma única casa. Por isso, continua pagando o auxílio-aluguel até hoje. Eu não sou contra que se pague o auxílio-aluguel, porém, a falta de providência de um Governo que tem o cofre abarrotado de dinheiro é inaceitável, inadmissível, porque o Governo já deveria ter tomado providência em relação à moradia no Estado do Amazonas. E não falta terreno”, afirmou Dermilson.

“A prova disso é que denunciamos que existe uma relação de imóveis para desapropriação no valor de 300 milhões de reais. Muitos desses terrenos já estão invadidos, e o Governo não tem projeto e nem dá transparência do porquê quer aquela área”, destacou o deputado.

 

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