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25 de abril de 2024 | 23:03

Pedrinho Matador foi morto a tiros e depois degolado, diz polícia

O portal Zero Hora Amazonas teve acesso ao Boletim de Ocorrência da Polícia Civil de São Paulo que registrou o assassinato de Pedrinho Matador. Ele foi morto a tiros e depois teve a garganta contada com uma faca de cozinha.

Segundo o documento, a polícia foi acionada após disparos e relatos sobre uma vítima caída no bairro Jardim Náutico, em Mogi das Cruzes. Depois a vítima foi identificada como Pedro Rodrigues Filho, conhecido como “Pedrinho Matador”.

Uma testemunha disse que Pedrinho estava sentado em uma cadeira na calçada quando um carro Volkswagen Gol G5 preto parou no meio da rua e dele desceram dois indivíduos, enquanto um terceiro continuou no banco do motorista.

Ambos usavam máscara – um deles com uma máscara do Coringa – e estavam armados.

Eles efetuaram vários disparos contra Pedrinho Matador e, depois que ele já estava caído no chão, um dos homens cortou seu pescoço utilizando uma faca de cozinha.

Os assassinos fugiram do local depois disso. O veículo foi encontrado pela polícia abandonado na estrada Cruz do Século, em Mogi, no início da via. Uma munição aparentemente intacta foi encontrada no assoalho do banco do carona.

Quem foi Pedrinho Matador

Pedro Rodrigues Filho ganhou notoriedade na década de 1980 quando foi condenado a quase 300 anos de prisão – alterado em 2019, pois o Código Penal brasileiro não permite que alguém cumpra pena privativa de liberdade por mais de 40 anos – por matar dezenas de pessoas, além de outros crimes, como roubo, de acordo com reportagem do Estadão, publicada na edição do dia 26 de agosto de 1986.

O texto conta com entrevista com o então detento.

“(…) Não mexo com ninguém, levo minha vida. Mas se atravessarem meu caminho, mato mesmo. Todos que matei quiseram me desafiar, me enfrentar. Quando dou meu primeiro golpe, não me controlo mais. Sou assim mesmo. Mato, mato e mato”, disse à reportagem à época.

“Não tenho nenhum arrependimento. Mato e é tudo natural”, afirmou. “Não temo nada. Nunca temi. Desde que fugi de casa e cai no mundo. O importante é estar preparado. Tenho uma força que me ajuda a matar. Mas esse assunto é segredo”.

De acordo com o texto, Pedro fugiu de casa, em Mogi das Cruzes, aos 9 anos, e nunca mais parou. A fuga ocorreu pois não aguentava o pai, bêbado, que agredia a mãe.

Pedro costumava fazer assaltos na zona leste e na região central da capital paulistana. Neste momento, vivia em hotéis nos arredores do Parque Dom Pedro II, na Sé.

As primeiras mortes orquestradas por ele teriam ocorrido quando ele tinha apenas 11 anos. Executou o traficante Jorge Galvão, seu irmão e cunhado, com uma arma de fogo. “Não acreditaram em mim, um menino magro, que mal conseguia segurar a automática”, disse ao Estadão.

Em 2004, após 31 anos na cadeia, o Estadão voltou a entrevistá-lo.

Questionado pelo repórter Fausto Macedo se teria medo do que encontraria lá fora quando solto, Pedro dizia que não.

“Eu procuro saber de tudo lá fora. E tenho família, tenho os amigos, muitos, muitos, é tudo crente, eles vão me ensinar tudo de novo”.

Fora da cadeia

Fora da prisão, Pedro se converteu e se tornou religioso, conforme mostra canal do YouTube chamado “Pedrinho Ex Matador com Jesus”, que compartilhava vídeos do ex-detento e conta mais de 27 mil inscritos.

Em postagem do ano passado, o canal anunciava a “morte” de Pedrinho Matador. O vídeo mostrava imagens capturadas durante batismo de Pedro.

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